Todo final de ano é a mesma coisa, uma avalanche de propagandas de carros, uma série de reportagens sobre compras de Natal, sobre lojas lotadas, shoppings entupidos, tudo isso seguido da ideia subliminar: "você também não pode ficar fora dessa".
Durante o ano inteiro, milhares de pessoas reclamam que não conseguem sequer começar a investir porque nunca sobra dinheiro. O primeiro passo, isto é, o primeiro aporte em investimentos é o pontapé inicial em relação ao psicológico de qualquer um. Todos precisam dar esse primeiro passo, mas muitos não conseguem.
E por quê? Por que realmente nunca sobra recursos ou será porque há um excesso de consumo? Você já se perguntou se vale mesmo à pena fazer uma compra (às vezes desnecessária) em 12 vezes "sem juros".
O ano novo vem chegando, que tal mudar de atitude? Que tal assumir que não pode dar presentes caros a todos os parentes e amigos, e no máximo algumas lembrancinhas? Será que vale mesmo à pena "se enforcar" para mostrar um pseudo-status financeiro.
Será que vale à pena viver escravo de contas? Que tal começar uma nova fase na vida, comprar apenas o que é necessário, abrir mão da troca de carro no final do ano, justamente quando a demanda é alta e o seu usado-como-entrada não é nada valorizado.
Afinal, se você não aceitar o quanto lhe pagam pelo seu carro velho (ou nem tão velho assim), para os vendedores tanto faz, eles sabem que no outro minuto aparecerá outra pessoa com o 13º no bolso ávido para trocar de carro.
Que tal pensar em pegar pelo menos uma parte desse 13º salário e iniciar aquela poupança que vem sendo adiada há meses (às vezes anos)? Que tal em vez de comprar algum trombolho que você não vai usar nem três vezes na vida, passar numa livraria e procurar 1 ou 2 bons livros sobre investimentos.
É hora de tentar resistir às pressões do marketing e às pressões da sociedade que te convencem a comprar tudo, trocar tudo, torrar tudo.
Feliz Natal!
Obs.: para aqueles que já investem, divirtam-se com a Carta a Papai Noel e a Resposta de Papai Noel a um Sardinha.