É até normal que tais informações sejam publicadas, há uma certa curiosidade generalizada para saber qual foi a categoria que teve maior valorização nos 12 meses que se passaram. Entretanto, é importantíssimo que o pequeno investidor entenda que esse tipo de lista não pode servir como ferramenta de decisão para os novos investimentos que serão feitos (sejam estes para os próximos meses ou anos).
Isso não só por causa da máxima "rentabilidade passada não garante rentabilidade futura". Mas sim, pelo fato de que não faria o menor sentido que alguém procurasse investir apenas no campeão da lista.
Mesmo que tivéssemos alguma pequena garantia de que tal campeão do ano passado seria o campeão do atual que entra, ainda assim seria um enorme risco investir apenas em um tipo de ativo. É preciso diversificar e além disso, cada tipo de ativo tem caracaterísticas próprias o que os leva a ter objetivos distintos.
Em 2012 por exemplo, o campeão foi o título público NTNB-P com vencimento para 15/05/2035. E daí? Vamos dizer que você precise fazer uma reserva de 6 meses para fazer uma viagem por exemplo, este tipo de ativo não lhe serviria pois para um prazo tão pequeno, tal investimento seria taxado na faixa mais alta de imposto de renda, atualmente 22,5%.
Ou seja, cada tipo de investimento deve ter objetivos definidos e para cada objetivo há ativos que são mais adequados. Assim, a informação de que, tal título público foi o melhor de 2012 e que a poupança foi a pior do ano, não pode ser utilizada para decidir em que aplicar em 2013.
Melhor ainda, nem é necessário. Afinal, o ideal é que tenhamos um pouco de cada coisa. Ter títulos, ter reserva em poupança, ter ações... Ok, não é preciso ter TUDO, mas é imprescindível diversificar entre classes de investimentos diferentes.
Sendo assim, na próxima vez que você olhar para uma lista de "melhores e piores investimentos do ano" lembre-se que isso só serve para matar a curiosidade. Nada mais.
Feliz 2013!
